Corpo são em mente sã – Olhe para dentro

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Corpo são em mente sã – Olhe para dentro de si

Corpo são em mente sã – Olhe para dentro… Quando lançamos o nosso olhar observador para uma mulher, para além das belas curvas ou não, um rosto sensível e um sorriso meigo, não podemos esquecer que estamos perante um ser cujas especificidades são únicas e complexas.

Por isso, falar da saúde mental e psiquiátrica da mulher, deve direcionar-nos para um olhar interior (pra dentro de nós) e encontrar o equilíbrio entre um corpo são em mente sã.

O processo de educação na sociedade (umas mais que outras) olha para a mulher como garantia de tarefas feitas e procriação garantida. Mesmo a mulher moderna, cujas doenças não diferem das demais do mundo (porque o cromossoma XX não tem “passaporte” à partida), precisa de um acompanhamento maior em diferentes etapas da sua vida por conta da avalanche de estímulos mentais a que é submetida.

Quando falamos de saúde olhamos para o corpo e esquecemos a mente, permitindo que se criem graves desequilíbrios para a saúde.

A saúde mental da mulher

Debruço-me nesta edição sobre a saúde mental da mulher, já que as particularidades hormonais lhe conferem reações diferentes e algumas delas exacerbadas, perante um mesmo estímulo.

O trabalho realizado pelas médicas Laura Helena S. G. de Andrade, Maria Cármen Viana e Camila Magalhães Silveira sobre Epidemiologia dos Transtornos Psiquiátricos na Mulher aborda a saúde mental como um problema de saúde pública que merece toda atenção:

“A conscientização de que os transtornos mentais representam um sério problema de saúde pública é relativamente recente, ocorrendo a partir de publicação realizada pela Organização Mundial da Saúde e por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em 1994 (Lopez e Murray, 1998).

Utilizando como medida uma combinação do número de anos vividos com incapacidade, e consequente deterioração da qualidade de vida, e do número de anos perdidos por morte prematura causada pela doença (medidos pela unidade Disability Adjusted Life Years – DALYS), verificou-se que doenças como transtornos depressivos e transtornos cardiovasculares estão rapidamente substituindo a desnutrição, complicações perinatais e doenças infectocontagiosas em países subdesenvolvidos, onde vivem quatro quintos da população do mundo.

Em países da Ásia e da América Latina, essa transição epidemiológica vem ocorrendo sem a devida adequação do planejamento de serviços e assistência à saúde pública (Thornicroft e Maingay, 2002).

Transtornos mentais

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Embora os transtornos mentais causem pouco mais de 1% da mortalidade, são responsáveis por mais de 12% da incapacitação decorrente de doenças.

Esse percentual aumenta para 23% em países desenvolvidos. Das dez principais causas de incapacitação, cinco delas são transtornos psiquiátricos, sendo a depressão responsável por 13% das incapacitações, alcoolismo por 7,1%, esquizofrenia por 4%, transtorno bipolar por 3,3% e transtorno obsessivo-compulsivo por 2,8% (Lopez e Murray, 1998).

Na idade adulta emergem grandes diferenças entre homens e mulheres em relação aos transtornos mentais. A mulher apresenta vulnerabilidade marcante a sintomas ansiosos e depressivos, especialmente associados ao período reprodutivo.

A depressão é, comprovadamente, a doença que mais causa incapacitação em mulheres, tanto em países desenvolvidos como que estão em desenvolvimento. No mundo, o suicídio é a segunda causa de morte pa

ra mulheres na faixa de 15 a 44 anos”.

Para minimizar esta situação o Espaço Virtual Mentes Brilhantes, sugere:

Corpo são em mente sã

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5 dicas para manter uma saúde mental mais jovem

Hoje em dia é raro encontra

r alguém que nunca se tenha matriculado em uma academia em algum momento da sua vida. O que vemos é que a saúde do nosso corpo nos preocupa muito, e isso é muito positivo. Mas e a saúde mental?

Ainda não entraram na moda as chamadas “ginásticas mentais”, então vou apresentar aqui uma série de conselhos que, quando colocados em prática, ajudarão a melhorar as suas capacidades mentais, ao mesmo tempo em que diminuem a velocidade do envelhecimento cerebral.

Realize atividades multitarefa

Consiste basicamente em realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Ouvir música enquanto estuda e cozinhar ou assiste TV ou escuta rádio. A capacidade para fazer coisas diferentes ao mesmo tempo é determinada pelo córtex pré-frontal do nosso cérebro, que pode ser treinado da mesma maneira que fortalecemos nossas pernas ao correr ou caminhar.

 Trabalhe em equipa

Se você faz alguma atividade em grupo, seja um desporto ou um passatempo, terá um menor risco de sofrer de qualquer doença mental. Isso porque o ser humano é um ser social por natureza, e os laços sociais que estabelecemos, repercutem no nosso estado psicológico.

Faça rabiscos

Você pode até achar que é brincadeira, mas a minha proposta está baseada numa pesquisa publicada na revista Applied Cognitive Psychology, uma referência e tanto no mundo da psicologia.

Ao que parece, a mente humana exerce uma capacidade de memorização e de concentração mental muito grande enquanto as nossas mãos deslizam aleatoriamente com uma caneta, ou lápis, sobre o papel.

Segundo a psicóloga Jackie Andrade, esta prática ajuda a manter a atenção durante uma tarefa entediante e evita uma distração desnecessária.

Essa foi a conclusão a que chegou depois de uma pesquisa realizada por telefone; quem rabiscava durante o telefonema lembrava-se de mais detalhes sobre a chamada.

Medite

A meditação pode ser comparada ao peso que levantamos com os nossos músculos. Já que praticamos tantos desportos, por que não dedicar 10 minutos por dia para relaxar a mente e exercitá-la?

Afaste-se da obesidade!

Independentemente das consequências que a obesidade traz para a saúde física, existe uma forte relação entre a obesidade e a redução do tamanho cerebral na fase adulta.

O responsável por essa conclusão é Paul Thompson, pesquisador da Universidade da Califórnia. Segundo Paul, o excesso de gordura causa a obstrução das artérias, diminuindo a irrigação sanguínea.

Dessa forma, a quantidade de oxigênio que chega aos neurônios é menor.

Para manter um corpo são em mente sã, queremos realçar o grande papel da educação para promoção da saúde pública e proteção da saúde mental, uma vez que o contacto inicial para integração social do indivíduo começa com o educador.

A prevenção é a arma mais poderosa da saúde pública e sem educação nada podemos construir ou preservar.

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Estamos juntos,

com Isabel Almeida

https://mulherlusofona.com/2021/08/12/levar-a-serio-o-…-uma-brincadeira/

Instalação da Unidade de Intervenção Comunitária no Seixal – Saúde Mental (min-saude.pt)

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