Mulheres de revolução que desafiaram o regime

3 Mulheres que fizeram da palavra a sua própria revolução e desafiaram o regime de saia

3 Mulheres – Da palavra fazem a revolução

É assim que a RTP Play disponibiliza mais uma excelente produção nacional sobre a história de três mulheres que cruzam os seus caminhos, entre a família, o amor e política.

Snu Abecassis, Natália Correia e Maria Armanda (Vera Lagoa) extraordinariamente representadas por Vitória Guerra, Soraia Chaves e Maria João Bastos, trazem a público as histórias de três mulheres, cuja importância que tiveram na sociedade portuguesa durante o Regime foi fundamental para a abertura das mentes e tomada de consciência sobre o papel da mulher, quer na sua posição como mãe, esposa e, acima de tudo como profissional, independente, pensadora e senhora das suas ideias. 

As histórias de três mulheres demasiado modernas para a época, que fizeram da palavra a sua revolução e desafiaram o regime de saias.

3 Mulheres que fizeram da palavra a sua própria revolução e desafiaram o regime de saia

Num quadro ditatorial, em que a mulher estava longe de ser valorizada pelos seus feitos foram perseguidas pela PIDE e censuradas pelas suas atitudes e escolhas. Estas mulheres lutaram com todas as armas para deixar a sua marca, durante a queda do regime. E que marca!

Editora, poeta e jornalista. Uma mistura explosiva com o dom da palavra!

[O semanário, fundado originalmente em 1895, tinha renascido sob a orientação de Vera Lagoa. A primeira edição chegara às bancas a 10 de fevereiro de 1976.

«Muita água correu sob as pontes até que fosse permitido a uma mulher como eu, sem passado literário (apenas com um passado de luta), dirigir um jornal de combate e de cultura. Para o combate, aqui estou eu. Para a cultura (além do combate, também, evidentemente) aqui está quem neste jornal escreve».

Na mesma edição, a escritora e poetisa Natália Correia assinava o artigo «Um Diabo de saias».

«Ei-lo [O Diabo] agora ressurgido à luz da liberdade, com saias na direção. E que saias! Vera Lagoa, que encabeça o novo avatar de O Diabo é, sem dúvida, uma personalidade controversa. São-no os homens que se arremessam para a linha de fogo. Quanto mais uma mulher!»]

Uma série a não perder, para conhecer melhor a nossa história e mulheres que, como elas, determinaram uma nova era em versão feminino.

Criada por Fátima Ribeiro e Luís Alvarães, produzida por David & Golias, esta série ao dispor do público na RTP Play mostrar vários factos da nossa história, desconhecida de muita gente e, que serve para enriquecer os nossos conhecimentos sobre o papel que a mulher portuguesa desempenhou numa sociedade maioritariamente masculina e opressiva.

A D. QUIXOTE foi criada em 1965, por Snu Abecassis. Editora generalista de referência da língua portuguesa, possui um extenso catálogo vivo de mais de dois mil títulos e é uma das editoras líderes nas áreas da literatura de línguas estrangeiras e de autores de língua portuguesa. A D. Quixote dispõe de um importante catálogo de poesia e de títulos universitários e de referência, ensaística e obras dirigidas ao público infantil e juvenil. Ao longo dos seus mais de cinquenta anos de vida, a Dom Quixote publicou mais de cinco mil títulos originais.

Natália de Oliveira Correia foi uma intelectual, poeta e activista social açoriana, autora de extensa e variada obra publicada, com predominância para a poesia.

“Devo dizer-lhe que o homem português é particularmente encantador. Para já, amam as mulheres, e tanto basta para que os achemos maravilhosos. É feio não gostarmos dos que nos amam. O feminismo não pode cometer essa injustiça”.

 

 

 

 

 

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