A 8ª edição do Festival O Sol da Caparica encerrou “em altas” e com promessa de continuidade.
A organização conjunta da CM Almada e o Grupo Chiado comunicou, no final do evento que foi um sucesso a edição 2023 do Festival que deu à costa pela 8ª vez.
A música e a cultura lusófona estão de parabéns, com quatro dias de espetáculos, euforia e um mar de gente que invadiu o Parque Urbano da Costa da Caparica, entre os dias 17 e 20 de agosto, para ouvir música cantada em português.
Português de Portugal, do Brasil, de Angola, de Cabo Verde, de São Tomé e Príncipe, da Guiné Bissau.
Com um cartaz diversificado e muito direcionado para o público mais jovem, o Festival também contou com momentos de emoção e boas memórias de bandas e músicas que foram eternizadas.
Paulo Gonzo, Mariza, Carolina Deslandes, José Cid e Matias Damásio foram alguns dos “veteranos” que voltaram a marcar presença, no palco Dom Tápparo e conquistaram os públicos de todas as idades, entoando em uníssono todas as músicas.
Mulheres Lusófonas
Uma das novidades foi a presença da Boys Band Excesso, no seu regresso aos palcos, e a estreia de Ary, Pérola, Yola Semedo e Pedro Mafama no palco Kavi.
As três cantoras angolanas levaram ao rubro os inúmeros fãs que marcaram presença especialmente para assistir aos seus concertos, no mesmo festival que teve uma forte presença da música da Guiné e de São Tomé e Príncipe, com Ferro Gaita, Tabanka Jazz e África Negra.
Sem dúvida, o melhor baile deste verão foi conduzido pelo fenómeno Pedro Mafama, que viu milhares de pessoas vibrar e aproveitar o seu concerto, à espera do famoso hit “Preço Certo”.
O Blog Mulher Lusófona marcou presença no Festival e conversou com algumas das mulheres que fizeram da música carreira e que vingaram no mundo do espetáculo:
Ary
“Estou super feliz, foi animadíssimo. As pessoas vibraram e até os que não conheciam, passaram a gostar. Hei-de voltar”. Depois do Capitólio, cheio, para comemorar o seu aniversário, a cantora angolana prometeu que vai encontrar espaço na sua agenda para voltar a Portugal. “Angola é o meu mercado e a minha agenda, graças a Deus está lotada. Além disso, o meu álbum novo vai sair esse ano”.
Ary felicitou o Blog Mulher Lusófona: “Já adoro este projeto, está de parabéns com um projeto só para mulheres, independentes, para mostrarem o seu talento. Se formos mais unidas, vamos mais longe”.
Yola Semedo
“A primeira vez no Sol da Caparica foi fantástico, não esperava. Estava com receio, confesso, mas O Festival Sol da Caparica já é um Festival muito falado, até em Angola. Daí o peso da responsabilidade e, agradeço à RDP África que procura acreditar naquilo que é a nossa musicalidade. Estou feliz, foi um misto de emoções, já participei em alguns festivais, mas aqui pude ver, ao vivo, pela primeira vez, Ferro Gaita e África Negra. Uma experiência maravilhosa que me permitiu contatar com aqueles que fazem parte da minha história. Prometo voltar com mais frequência, não tem sido possível, porque a agenda em Angola preenche quase todo o ano. Agradecemos ao povo português pela oportunidade e por nos deixarem brilhar nos vossos palcos. Quanto ao Blog Mulher Lusófona, espero que nos voltemos a encontrar muitas vezes”.
Pérola
“É uma honra estar aqui. é um dos grandes festivais de Portugal e é uma honra poder trazer a minha música e que as pessoas recebam a energia quer vamos deixar em palco. Recebi este convite com muito carinho, fiquei muito feliz e cá estou. Espero que este seja o primeiro de muitos festivais. Já tenho o meu nome bem vincado em Angola, e quero deixá-lo marcado também noutros países”.
Pérola contou ao Blog Mulher Lusófona que ainda está a promover o seu mais recente álbum, lançado em Novembro “Sincera” e prometeu voltar a Portugal.
Jéssica Pina
“Para mim é sempre muito gratificante ser convidada para festivais. Lancei o meu EP e como artista a solo, ainda mais elevada é a responsabilidade. Tenho tido bastantes convites e estou a tentar preparar o meu novo trabalho. Cada vez mais se abre o horizonte para que os festivais não tenham apenas o que é habitual e que todos esperam. Ser artista a solo e tocar trompete é sempre uma novidade e a recetividade tem sido muito boa”.
120 mil pessoas
Mais de 80 artistas preencheram um cartaz de quatro dias, a juntar ao dia dedicado às atividades e brincadeiras com as crianças, numa manhã tórrida de calor.
Era um objetivo e, foi cumprido. Passaram pelo Sol da Caparica 120 mil pessoas, durante os quatro dias de Festival.
Zahir, CEO do Grupo Chiado, afirmou-o no final do evento: “Tínhamos este objetivo e concretizámos. Esta 8ª edição foi a melhor de sempre do Sol da Caparica, não só a nível quantitativo – visitaram o evento mais de 120 mil pessoas, a adesão foi histórica – mas também a nível de cartaz. Conseguimos reunir um grupo eclético de artistas lusófonos, transversais a todas as idades e a vários gostos musicais, que atuaram em 5 palcos diferentes durante estes quatro dias. Só podemos estar satisfeitos pelas experiências que proporcionámos aos nossos visitantes e comprovámos que o Sol da Caparica é o maior festival de verão dedicado à música de expressão portuguesa.”
A estas palavras de Zahir, a Mulher Lusófona pode e deve acrescentar que foi, realmente um ano de sucesso. Uma organização muito melhorada em relação a qualquer um dos anos anteriores, com palcos e cartaz para todas as idades e gostos, zona de alimentação reforçado e expandida no espaço, permitindo encurtar os tempos de espera, mais casas de banho e uma enorme variedade de palcos com músicas e artistas que mostraram a preocupação de agradar a todos.
Para o ano há mais!
Rita Simões